Confira também o que marcou o setor no mês de julho e agosto
As exportações brasileiras do agronegócio atingiram valor recorde para o mês de julho, totalizando US$ 11,29 bilhões, 15,8% a mais que os valores constatados no mesmo mês de 2020, de acordo com dados do Mapa. “Apesar da queda no volume exportado de quase 10%, os preços 28,5% superiores têm sustentado o incremento na receita das vendas externas”, destaca o professor Doutor Marcos Fava Neves.
De acordo com dados do chamado “Doutor Agro”, o complexo soja liderou os embarques, com valor recorde para o mês de US$ 5,01 bilhões (+21,6%), com destaque para a soja em grão, que representou 78% do valor do segmento.
“Outro fato que marcou o nosso agro em julho foram, infelizmente, os episódios com as geadas, que causaram prejuízos em diversas lavouras como o café, a cana-de-açúcar, a citricultura e hortifrútis em geral. Os impactos devem permanecer até a safra 22/23”, conclui Fava Neves que é titular da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV, além de especialista em planejamento estratégico do agronegócio.
Confira abaixo os “cinco fatos do agro” que, na visão do especialista, merecem ser acompanhados no mês de Setembro:
- A finalização da colheita do milho segunda safra e o volume produzido, o avanço das exportações de grãos do Brasil e o abastecimento interno;
- A evolução do clima e dos custos para o plantio da mega safra 2021/22, e as decisões de compra e venda;
- A crise hídrica e as medidas a serem tomadas;
- A crise institucional (política), seus reflexos no câmbio e as perspectivas econômicas com a aceleração da vacinação;
- O andamento da safra americana. As condições das lavouras se deterioraram neste mês. Porém, a perspectiva é de melhora no clima para o encerramento da safra.
Por: AGROLINK –Leonardo Gottems
Publicado em 24/08/2021 às 08:36h.